Seu Cirino foge

Quando Cirino correu os olhos pelo ambiente e enxergou aquele mar de sangue e sofrimento, o peso da culpa recaiu sobre seus ombros... O que fizera? Quão responsável era por todas aquelas mortes e pelas famílias destruídas?

Sua cabeça rodava e doía tanto!!! E nessa imensidão pesarosa de sentimentos, sem saber o que fazer, começou a andar, andar... Mesmo quando anoiteceu, e as estrelas tentaram alegrar seu coração, o pobre homem continuou a vagar, sem rumo, sem destino...

Somente com os primeiros raios, quando já o sol dava o ar de seu calor é que Seu Cirino, com o corpo desfalecendo de cansaço, para na beira do Rio do Laço, bebe água e desmaia!

Acorda com algo batendo em seu corpo e o som de macacos irritados que chacoalhavam os galhos das árvores jogando frutos e galhos no homem. Volta a andar e quando o sol cedeu lugar para nuvens escuras e zangadas que anunciavam uma tremenda tempestade, seus olhos se deparam com uma casa branca (grande e com suas paredes de madeira pintadas por cal) aparecendo imponente, sozinha em meio a floresta amazônica.

Seu Cirino cansado tanto fisicamente quanto psicologicamente resolve...